Quais são as dificuldades de um estudante brasileiro no exterior?

O poder transformador do intercâmbio é algo sempre comentado. Com razão, já que os resultados positivos que proporciona são uma realidade. No entanto, quem já está se planejando para estudar em outro país se depara com uma verdadeira enxurrada de emoções. Ao mesmo tempo em que deseja focar nas vantagens da experiência, passa por momentos de baita apreensão.

É inegável: as evoluções acadêmicas, profissionais e pessoais da viagem vêm acompanhadas de desafios. Mas também é certo que cada um deles pode alavancar seu crescimento, promover autoconhecimento e desenvolver capacidades úteis para a vida inteira.

Neste artigo, identifique as principais dificuldades de um estudante brasileiro no exterior e veja como lidar com a questão.

Período de adaptação

Vamos começar pela temida fase de adaptação.

Durante os primeiros dias ou semanas em solo estrangeiro, é normal sentir aquele frio na barriga. Afinal, você estará diante de um novo cenário, que possui pessoas, cultura e hábitos diferentes. O ambiente escolar/acadêmico é outro fator que entra na equação. E dependendo do destino escolhido, sim, o impacto inicial consegue ser ainda maior.

Quando chegar a hora de encará-lo, busque ter uma coisa em mente: esse choque vai passar. Na imensa maioria dos casos, os intercambistas vão se sentindo confortáveis conforme o terreno vai deixando de ser desconhecido.

Caso o desafio esteja intenso, busque ajuda. Conselhos e uniões estudantis, grupos de brasileiros, orientadores acadêmicos. Todas essas opções oferecem uma rede de apoio bacana, gerando segurança e pontos de vista adicionais.

Comunicação no idioma

Aprofundar um segundo idioma é uma das razões que leva alguém a apostar no intercâmbio. Em contrapartida, também é um dos desafios que precisam ser encarados.

Vamos combinar: mergulhar em um novo tipo de comunicação nem sempre é fácil no início. Ouvir e entender pessoas falando em outra língua — em situações reais do cotidiano — envolve gírias, expressões e demais detalhes. Em sala de aula, a compreensão estará diretamente ligada ao domínio ou não dos assuntos que você está aprendendo.

Nestas situações, procure evitar se retrair e não tenha medo de cometer erros. Está conversando com um colega e não entendeu algo? Pergunte se, por gentileza, pode repetir. Ficou com alguma dúvida durante a transmissão de uma matéria? Questione o professor. É justamente essa troca que fará sua fluência avançar.

Para ir se habituando desde já com a oralidade, experimente ouvir podcasts ou assistir a filmes/seriados produzidos no país de destino. Conhece algum nativo de lá? E se fizer contato por ligação?

Saudade de casa

Sentir falta de casa está entre as dificuldades de um estudante brasileiro no exterior (em variados níveis, de acordo com cada pessoa). Ela inclui a saudade da família, dos amigos, da própria rotina e até mesmo de características do nosso país – clima, interação humana, comida e etc.

Para aliviar o sentimento de homesick, principalmente no que diz respeito à família e amigos, faça da tecnologia sua aliada. Programa-se para videochamadas, compartilhe novidades por mensagens, troque vídeos e áudios, e aposte no que mais julgar interessante.

Investir em amizades no local onde está morando também lhe ajudará, trazendo certo aconchego. Converse com pessoas, observe interesses em comum, pois isso pode ser o início de vínculos bem legais.

Novas amizades

Vamos falar sobre o que citamos ali no item anterior?

É claro que boas amizades são super bem-vindas, mas sabemos que, em determinados casos, a construção é desafiadora. Dependendo da sua personalidade, interagir em outro país pode ser tarefa complicada.

Que tal prestar atenção no próprio ambiente acadêmico ou escolar? Na escola de idiomas ou universidade existem estudantes que estão em situação semelhante a sua. Muitos estão na mesma etapa de estudos em que você está e, entre eles, outros intercambistas estrangeiros. Experiências semelhantes são ótimas para criar afinidades e compartilhar ideias/expectativas.

É possível mostrar abertura para o diálogo de jeitos simples, durante os debates em aula, por exemplo. Buscar núcleos específicos dentro da instituição é mais uma possibilidade.

Sistema de saúde

Há lugares que são conhecidos por terem sistemas de saúde complexos ou caros.

Nos Estados Unidos, o serviço costuma apresentar valores elevados. Está aí um fator que gera receio, já que acesso à assistência médica é peça primordial para a sensação de segurança.

Para evitar o conflito, pesquise com antecedência sobre o sistema do país pelo qual optou. Se possível, invista em um bom seguro de saúde, mesmo que ele não seja obrigatório para a sua viagem. Assim você se antecipa aos imprevistos e tem um motivo a menos para se preocupar.

Meio de locomoção

Ainda que sejam muito procuradas pelos intercambistas, as capitais não são os únicos cenários para uma vivência educacional no exterior. Em diversas nações, há oportunidades de estudo espalhadas por regiões menores e mais distantes das grandes metrópoles ou centros urbanos.

Optar por uma cidade pequena é sinônimo de gratas surpresas, além de experiências singulares. Entretanto, planificar seus deslocamentos provavelmente exigirá atenção redobrada. O ideal é verificar, antes de partir, as melhores alternativas para seus trajetos — uma vez que a disponibilidade de meios de transporte será limitada.

Qual é a distância da minha moradia para a insituição de ensino? Quais são as linhas e horários dos ônibus que precisarei pegar? Qual é a melhor rota do aeroporto para meu bairro? Ali existe serviço de táxi ou de carros por aplicativo? Esclareça as dúvidas e vá prevenido.

Cuidados práticos

Caminhando junto com a saúde e locomoção estão mais alguns cuidados práticos do dia a dia. Se você é jovem e está vivendo seu primeiro intercâmbio, talvez tenha que lidar pela primeira vez com responsabilidades de gestão financeira.

Manter as contas em dia, calcular os gastos no supermercado, definir prioridades: tomar decisões é ação constante. No mês inicial, a preocupação em assumir esse controle tende a surgir. Mas, acredite, a organização ensinará demais. Sem perceber, suas habilidades de autonomia e liderança serão estimuladas.

Como deve ter percebido, os aprendizados de uma experiência internacional ultrapassam (e muito) a sala de aula. Eles também estão embutidos nas dificuldades de um estudante brasileiro no exterior, na superação dos obstáculos. Portanto, parabéns pela iniciativa de embarcar nesta trajetória e sucesso!

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