AgTech no ar: veja como foi o Talking Business de junho

Mais uma edição do Talking Business foi ao ar e, junto com ela, não faltaram conteúdos informativos. Se você ainda não conhece nosso evento, a gente explica: o Talking Business é uma iniciativa desenvolvida pelo Uninter Global Hub. A ideia do projeto é discutir com especialistas algumas das principais tendências mundiais voltadas para educação e negócios.

Dessa vez, o encontro virtual teve como tema a tecnologia dos drones e VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados). Dessa forma, profissionais e estudantes do setor puderam explicar detalhes sobre a presença desta inovação em vários campos, em especial na área agrícola.

No artigo de hoje, reunimos as principais informações que rondaram o evento. Quer saber tudo o que rolou por lá? Então é só conferir abaixo!

O início

Assim como nas edições anteriores, o atual Talking Business teve a presença de Jason Dyett como moderador da conversa. Logo no início, Jason fez questão de apresentar o formato do projeto e de explicar como o conteúdo seria distribuído pelos 60 minutos de programação.

Sendo assim, os primeiros 20 minutos foram dedicados a uma completa conversa sobre drones e VANTs. Depois, foi hora de ouvir 2 jovens engenheiros brasileiros que já tiveram passagem pela UMKC (University of Missouri Kansas City). Para finalizar, uma esclarecedora mesa redonda com perguntas e respostas.

Dr. Travis Fields – Professor de Engenharia Mecânica

O primeiro palestrante da noite foi o Doutor Travis Fields, professor da UMKC e especialista em Veículos Aéreos Não Tripulados.

Jason iniciou a entrevista com Dr. Fields pedindo que ele falasse um pouco sobre o trabalho que desenvolve em seu laboratório.

Travis Fields, então, explicou que seu laboratório atua em determinadas áreas. Uma delas é no design de aeronave. “Temos drones menores e drones maiores, com asas de até 3 metros. Também lidamos com o controle das aeronaves, buscando fazer sistemas muito seguros para todos”, enfatizou.

Pensar em falhas e soluções, trabalhando com estratégias de mitigação de riscos, foi outra função destacada por ele.

Seguindo a conversa, Jason o questionou sobre seu cotidiano de trabalho. Essa foi uma boa oportunidade para que o profissional pudesse falar sobre a forma como faz a mentoria de estudantes.

Como continuidade, Jason apontou que o campo de drones e VANTs está mudando com rapidez. “Como você se mantém atualizado?” e “como vê os drones tendo impacto na sociedade?” foram suas próximas perguntas.

Finalizando este bloco, Travis se mostrou categórico ao responder quem são os clientes ideais para os drones: todos, já que o propósito da tecnologia é bem amplo.

Mateus Souza Borges – Engenheiro Mecânico

Mateus Souza Borges é um empresário e engenheiro mecânico que possui experiência pesquisando drones na UMKC. Segundo ele, tal vivência foi importante para aprender a solucionar problemas. Começar a montagem de um drone do zero e criar seu sistema de controle foi capaz de fazê-lo desenvolver um pensamento estrutural que o ajudou na carreira profissional.

Ao retornar para o Brasil, após a experiência, já sabia que queria empreender com drones para a agricultura, apesar de ainda não entender como faria isso. Foi então que conversou com diversos investidores, que falavam que ele tinha um bom produto em mãos, porém não um bom modelo de negócio. Com isso, continuou pesquisando, encontrou um sócio e estabeleceu a ideia que aplica no mercado hoje.

“Você poderia falar sobre a realidade do uso de tecnologia de drones no Brasil, no setor agro?”, Jason Dyett questionou.

“Na agricultura há dois grandes blocos de atuações de drones. O primeiro é na coleta de imagens, no monitoramento da lavoura. Em vez de se utilizar imagens de satélite, são usadas imagens coletadas a partir de um drone e elas são em alta resolução”. Isso, de acordo com Mateus, ajuda principalmente os agrônomos no monitoramento cotidiano, uma vez que conseguem ter uma fotografia global da qualidade da lavoura sem a necessidade de deslocamento constante.

“O outro grande bloco é na parte de pulverização, tanto pulverização de pesticidas líquidos quanto defensivos biológicos”.

Aproveitando sua vivência como empresário brasileiro que realizou pesquisa nos EUA, Jason Dyett o indagou sobre o que o Brasil pode aprender com os Estados Unidos e o que os Estados Unidos pode aprender com o Brasil.

Neste sentido, foram apontados o relacionamento entre indústria e universidade e os exemplos de empresas de pesquisa.

Daniel Arcega – Profissional formado na UMKC

A presença de Daniel Arcega no Talking Business foi perfeita para jogar luz sobre o estudo de brasileiros no exterior.

Logo quando iniciou a entrevista com o especialista, Jason Dyett pediu que ele desse um conselho para as pessoas que desejam estudar fora.

Daniel começou reforçando a importância de saber inglês e manter um bom resultado acadêmico. Ter um plano também é fundamental, pois cada universidade mantém um processo diferente e entendê-los é necessário para buscar as melhores oportunidades.

Aprofundando-se na discussão, Daniel comentou sobre seus propósitos para escolher a carreira que tem atualmente.

Suellen Batista – Estudante de mestrado da UMKC

Complementando os pareceres de Daniel Arcega, a engenheira Suellen Batista também lançou olhar sobre experiências internacionais. Sua história com a UMKC começou ainda no período de graduação, através do programa Ciência sem Fronteiras.

“Você tem a experiência de estudar no Brasil e nos Estados Unidos. Quais são as principais diferenças que observa entre os países?”, Jason quis saber.

Suellen indicou que a primeira diferença está no processo de ingressar na universidade. “No Brasil, o ingresso se baseia única e exclusivamente na nota em uma prova. Nos EUA, muitos outros fatores são considerados.”. Ela afirma, ainda, que o processo norte-americano quer saber de fato quem é o aluno.

A presença de uma mentoria foi mais um fator citado por ela, assim como a questão das pesquisas. “Nos Estados Unidos fui muito mais exposta às pesquisas, acho que por conta de ter mais incentivo. Isso me deixa muito feliz, pois a gente coloca mesmo a mão na massa”.

Perguntas e respostas

Chegou o aguardado momento de tirar dúvidas sobre o tema. Aqui, tivemos um show de ótimas perguntas, feitas por alunos e professores da Uninter. E quem estava participando da transmissão ao vivo também conseguiu ter seus questionamentos respondidos, é claro.

Confira algumas questões que foram levantadas e esclarecidas pelos convidados:

  • Na área de inspeções aéreas com drones e VANTs, como é a demanda dos clientes com relação à ciência de dados, inteligência artificial e engenharia de software como um todo?
  • Quais são as aplicações da tecnologia de drones no treinamento físico ou em competições esportivas?
  • Como o uso de drones no agro pode ajudar a reduzir o uso de água nas técnicas agrícolas tradicionais?
  • A automatização no campo oferece risco para a empregabilidade de trabalhadores?
  • Qual é o melhor caminho para ingressar em colleges e universidades americanas?

Drones, VANTs, mercado agrícola, empreendedorismo, educação nacional e internacional: esse Talking Business conseguiu reunir diversos assuntos valiosos. E o melhor, foi capaz de gerar informações e discussões novas sobre cada um deles, tornando-se um relevante material. Esperamos que tenha gostado do evento e já não vemos a hora de encontrá-lo no próximo! Não pôde assistir ao vivo? Não se preocupe, ainda é possível acessar o vídeo na íntegra. Você consegue fazer isso indo até o canal oficial da Uninter no Youtube (para transmissão em português) ou do canal do Global Hub (para transmissão em inglês).

Aproveite!

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