Healthtech brasileira: como foi o primeiro Talking Business de 2022

A edição de março do Talking Business trouxe um tema pra lá de vasto e necessário. Você já ouviu o termo healthtech? Trata-se de empresas que utilizam a tecnologia para promover inovações e soluções de saúde.

No evento organizado pela Uninter e pelo Global Hub, nós pudemos ouvir dois empreendedores que estão por trás de um projeto de sucesso na área. É a Deborah Alves e o João Henrique Vogel, cofundadores da Cuidas (empresa que atualmente faz parte da startup Alice).

Neste artigo, saiba o que rolou no encontro e descubra como assisti-lo na íntegra. Confira abaixo!

Abertura

Assim como nas edições anteriores, o atual Talking Business ganhou mediação de Jason Dyett. Como de costume, o início da transmissão foi aquele momento reservado para uma explicação sobre o formato da entrevista. Desta forma, Jason fez uma breve apresentação dos convidados e de suas biografias, assim como explicou cada etapa da conversa.

O papo com os palestrantes foi dividido em 3 fases voltadas para vida e carreira. Na primeira, o tema principal foi trajetória pessoal na educação; A segunda teve como foco as redes de contatos profissionais; Já na terceira e última, os convidados puderam falar mais sobre a criação da startup Cuidas e sobre as healthtechs no mercado.

Fechando o Talking Business, um quadro de perguntas e respostas ajudou a esclarecer as dúvidas de quem assistia ao vivo.

Trajetória educacional

Ao falarem sobre formação e percurso na faculdade, Deborah e João relembraram questões decisivas que o levaram até o ponto em que estão hoje.

Deborah explicou que sempre foi de exatas. Antes mesmo da faculdade, já se dedicava a competições internacionais de matemática, representando o Brasil. Isso fez com que prosseguisse na área. Uma vez em Harvard, onde cursou sua graduação, participou de muitas organizações de brasileiros. Ali, a amplitude da formação também foi um fator de destaque para ela, tanto em termos de grade curricular quanto de vivência diária (incluindo atividades complementares).

Depois de formada, trabalhou por 2 anos na empresa Quora até que voltou ao Brasil com o objetivo de empreender.

O caminho trilhado por João Henrique tem características semelhantes. O profissional apontou que, desde cedo, sua base familiar foi fundamental para que tivesse uma educação de qualidade. Quando mais novo, tinha o sonho de ser engenheiro do exército. Durante os estudos intensos para alcançar tal plano, considerou se candidatar para universidades estrangeiras. Foi quando descobriu que a Embaixada Americana mantém uma iniciativa de bolsas de estudo para brasileiros que desejam aplicar para universidades dos Estados Unidos.

João se candidatou e conquistou a bolsa. Chegando lá, descobriu que não queria ser engenheiro, mas sim atuar nos campos da sociologia e economia. Ele ainda diz que a possibilidade de acessar diferentes áreas do conhecimento até o 3° período da graduação foi crucial para essa mudança e decisão.

Rede de contatos

Durante o andamento da faculdade, ambos os convidados trabalharam com uma comunidade de estudantes brasileiros. Isso fez com que costurassem uma rede de contatos muito forte, dentro e fora do país. Jason, então, questionou sobre a importância desta experiência.

Nesse sentido, Deborah comentou sobre como as conexões que fez em Harvard foram marcantes para o início do seu empreendimento no Brasil. Ela fez questão de salientar que a maioria das pessoas que conheceu acabou agregando em algo na sua vida profissional.

João lembrou que as bolsas de estudo também são oportunidades de ganhar rede de contatos, pois geralmente elas vêm de instituições que têm outros estudantes e até mesmo bolsistas de gerações anteriores. Em sua opinião, a Fundação Estudar foi fundamental para o desenvolvimento de suas conexões. Através dela, conheceu, inclusive, alguns investidores da Cuidas.

A rede de Harvard, por sua vez, também foi incrível por abrir portas no mundo inteiro.

Primeiro trabalho

A próxima pergunta feita por Jason Dyett teve a ver com o começo da carreira profissional. Antes de serem empreendedores, como Deborah Alves e João Henrique Vogel conseguiram trabalho?

João comentou que, no último ano da graduação, aplicava para vários empregos. Em determinado momento, tinha 3 opções em diferentes lugares e optou por continuar nos Estados Unidos. Assim, atuou em Chicago, na Kraft Heinz Company (onde pôde crescer muito em curto espaço de tempo).

Deborah conseguiu o primeiro trabalho através da própria Harvard. Os empregadores foram na instituição fazer o recrutamento e assim aconteceu.

Em seguida, os dois ainda falaram mais sobre a decisão e motivação para voltar ao Brasil como empreendedores.

Healthtechs brasileiras

E chegamos ao assunto protagonista deste Talking Business. Para abri-lo em grande estilo, Deborah resumiu o conceito de healthtech. “É uma empresa que usa a tecnologia para aplicar em saúde”. Isso pode ser feito de muitas formas, já que é um campo abrangente e complexo.

João complementou a explicação falando sobre a posição da Cuidas neste imenso universo. Primeiro, apresentou um interessante contexto sobre a saúde brasileira. Em seguida, informou que a startup entra na fase de atenção primária.

Jason também quis saber como os profissionais estudaram o problema, a dor do cliente. E, claro, como conseguiram reunir talentos e montar um time valioso para o projeto.

Sobre a equipe, Deborah comentou que eles foram explorando suas próprias redes e, com o tempo, a busca foi se estendendo. A empresária defende que é preciso saber vender sua ideia, aliando interesses.

E com relação a levantar recursos financeiros para a iniciativa? Neste caso, João é enfático. “Quando alguém apoia uma ideia de risco, geralmente não está apoiando a ideia, mas você”. Ou seja, a execução, o colocar em prática, conta muito.

Perguntas e respostas

Quem iniciou e fechou o quadro de perguntas e respostas foi o professor Cristiano Caveião. Seus questionamentos foram:

  • Como vocês percebem, por meio da startup, que conseguem melhorar a qualidade de vida da população?
  • Para vocês, como foi empregar a tecnologia em prol da saúde?

Além destas dúvidas, outro apontamento foi sobre como a tecnologia está impactando os serviços de forma geral e como os palestrantes enxergam o futuro deste impacto na saúde.

Encerrando a edição, Jason Dyett salientou dois pontos valiosos: a importância de se fazer algo que tem paixão e de alimentar a rede de conexões. Sem dúvidas, a edição de março do Talking Business ficou marcada como uma ótima fonte de informações e inspirações. E se você ficou com vontade de assistir o conteúdo na íntegra, ainda dá tempo. É só ir até o canal da Uninter no Youtube, para conferir o programa em português. Ou no canal do Global Hub, para acompanhar em inglês.

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