Startups na América Latina: como foi o Talking Business de dezembro

O último Talking Business de 2021 encerrou o ano com chave de ouro. O crescimento das startups latino-americanas foi o tema protagonista da conversa, que contou com a participação de 3 convidados especiais. As empresárias e investidoras Monica Saggioro Leal e Camila Lecaros se uniram ao professor Elizeu Alves para disponibilizar muita informação bacana.

Quer saber tudo o que rolou no evento? Confira o resumo logo abaixo!

Início da transmissão

Assim como nas edições anteriores, Jason Dyett foi responsável por mediar a interação entre convidados e espectadores. Logo no início do encontro, ele fez questão de enfatizar os objetivos do bate-papo interativo.

A proposta focou em três intenções: mostrar o que investidores buscam; falar sobre o crescimento das startups dentro e fora de seus países de origem; e debater os prós e contras da vida real dos empreendedores, desmistificando algumas questões.

Em seguida, como de costume, quem assistia pôde conhecer melhor cada especialista participante.

Monica Saggioro Leal

A primeira entrevista do dia foi com Monica Saggioro Leal, cofundadora da investidora MAYA Capital.

Jason abriu o momento de perguntas questionando os maiores aprendizados trazidos na trajetória inicial da empresa. Monica logo destacou 2 grandes ensinamentos: valorização do talento e suporte às startups que fazem parte de seu portfólio.

Para a MAYA, é fundamental investir em times que sejam fora da curva, ou seja, que demonstrem resiliência, visão estratégica e poder de execução. Assim como é preciso estar perto dos fundadores, conseguindo agregar no desenvolvimento.

Sobre os principais fatores para a avaliação de potenciais investimentos, citou três: um time que se destaca, mercado com características favoráveis ao crescimento e produto superior às soluções já existentes.

Monica também utilizou sua experiência para responder quais funções e características as startups buscam na hora de contratar. Segundo ela, são pessoas inteligentes, que têm sede de resultados e gás para fazer o negócio acontecer. Outro ponto importante é que consigam atuar em diferentes posições.

No início, algumas peças-chave são profissionais dos setores de vendas, talentos, produtos e tecnologia.

Jason Dyett pediu, ainda, um conselho sobre como conseguir trabalhar ao lado de alguém que realmente domine sua área. Depois, foi a vez de comentar sobre tendência de investimento em empresas comandadas por mulheres.

Camila Lecaros

A sócia-gerente da MassChallenge Mexico começou contando um pouco sobre seu percurso profissional. Depois, discorreu sobre as diferenças que existem entre as frentes de mercado da América Latina, citando exemplos relevantes.

A MassChallenge é uma organização sem fins lucrativos, que atua como fundo. Dessa forma, oferece um programa de 4 meses, onde trabalha junto com os empreendedores para que possam evoluir. Esse trabalho é feito de forma não tradicional, em conjunto com mentores e com a comunidade.

Funciona assim: através de avaliação, é possível definir quais são as áreas mais importantes para que os empreendedores cresçam. Daí então, a empresa apresenta especialistas que auxiliam nestes pontos específicos.

No decorrer da entrevista, Jason Dyett lembrou que a MassChallenge Mexico acabou de reconhecer seus empreendedores premiados de 2021. Foi perguntando, assim, quais empresas venceram e por quê. Entre os motivos estiveram inovação, impacto social, entre outros.

Elizeu Alves

Elizeu Alves é professor e coordenador da Uninter e pôde dar uma perspectiva mais local do tema levantado pelo Talking Business. Sendo assim, logo falou de Curitiba como centro de empreendedorismo.

Elizeu apontou que a capital é um verdadeiro celeiro da inovação, citando o Vale do Pinhão e as iniciativas que visam torná-la uma cidade cada vez mais inteligente.

E quais são os maiores desafios para empreender com sucesso? E a melhor ferramenta ou estratégia para vencê-los?

Para estas perguntas, nem pensou duas vezes. De acordo com o professor, ainda existe uma visão romantizada sobre o que é empreender. Parece que é fácil, mas não é. A capacidade de se renovar, por exemplo, é um grande desafio a ser enfrentado. Persistência e rede de contatos foram ferramentas imprescindíveis citadas por ele.

Concluindo seu bloco de entrevista, mencionou cursos e recursos que recomenda para quem está pensando em lançar uma empresa própria. Buscar informações (assim como saber filtrá-las) e se profissionalizar é o primeiro passo. Conhecer programas de incentivo é igualmente valioso.

O Bom Negócio é um exemplo de programa. Trata-se de um plano gratuito, dividido em 3 fases para fomentar um negócio. No time dos cursos, sugeriu o curso de graduação em gestão de startup, oferecido pela Uninter.

Perguntas e respostas

O último bloco do Talking Business é sempre dedicado a responder perguntas enviadas pelos participantes do evento. Dessa vez não foi diferente, começando por uma dúvida frequente: quando faz sentido abraçar o caminho do empreendedorismo e quando é melhor manter um emprego fixo, trabalhando nas horas “vagas” para lançar uma empresa?

Elizeu Alves foi objetivo na dica: “nunca troque o certo pelo duvidoso”. Por mais que tenhamos histórias vitoriosas de empreendedores, é interessante manter os pés no chão. A sugestão do professor é que se mantenha uma fonte de recursos enquanto, em paralelo, busca oportunidades.

Já Monica Saggioro apontou que cada situação é única e que cada pessoa precisa entender seu apetite a riscos, pois empreender é arriscado. Sua recomendação é que, antes de tudo, haja um estudo sobre a dor que pretende solucionar. Buscar cofundadores também é uma ideia.

Continuando, Camila Lecaros respondeu quais habilidades são fundamentais para o empreendedor. Entre elas estão a resiliência, liderança e comunicação.

A importância da adaptabilidade e conselhos para se manter vivo no mercado foram mais fatores que mereceram atenção.

Até que chegamos na última pergunta: no universo do empreendedorismo e das startups, por onde começar, afinal? Camila falou que é no entender onde está sua paixão e onde você enxerga um problema a ser resolvido. Elizeu reafirmou como é útil buscar informação, se inteirar. Mônica concluiu dizendo que é bacana conversar com muita gente e entender em que ponto consegue agregar.

Com certeza, a troca realizada no Talking Business conseguiu jogar luz sobre um assunto cada vez mais discutido. A conversa é um material de ouro para quem já está ou pretende ingressar no universo do empreendedorismo. Afinal, nada mais válido do que ouvir quem tem uma longa e bem-sucedida história na área.

E se você não conseguiu assistir ao evento na íntegra, ainda dá tempo. Basta visitar o canal da Uninter no Youtube, para acompanhar em português. Ou, ainda, o canal oficial do Global Hub, para assistir em inglês.

Também já está disponível no canal a versão resumida do evento, com os melhores momentos. Assista aqui:

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