O aprendizado para você se limita só ao ambiente acadêmico ou é mais profundo que isso? Se o segundo caso for a resposta é possÃvel que você já aplique o Lifelong Learning (aprendizado ao longo da vida) sem nem perceber.
Ficou curioso? Descubra o significado e quais as vantagens de praticar este estilo de vida.
O que é Lifelong Learning?
Segundo Conrado Schlochauer, autor do livro Lifelong Learning o poder do aprendizado contÃnuo: “o aprendizado é o único caminho para nos mantermos relevantes e ativosâ€.
E querendo ou não essa é uma realidade, já que segundo uma pesquisa encomendada pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), 85% das profissões de 2030 ainda não existem.
Logo, novo cenário fez com que este conceito ganhasse tanta relevância.
Lifelong Learning nada mais é do que viver a vida motivado pelo aprendizado contÃnuo.
O termo surgiu durante a década de 70 na Europa, mas só ganhou popularidade internacional em 2010 a partir do relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI da Unesco.
O objetivo é através do conhecimento atingir o desenvolvimento pessoal e profissional se tornando um participante ativo na sociedade e, consequentemente, um cidadão melhor.
Por isso, o Lifelong Learning está relacionado tanto com o aprendizado formal quanto o informal.
Como funciona o Lifelong Learning?
Por mais que durante a vida o aprendizado seja inevitável (cometemos erros e aprendemos com eles) fazer disso um estilo de vida é bem diferente.
Por exemplo: na escola, muitas vezes você estuda para conseguir boas notas e ser aprovado no fim do ano.
Já para quem pratica o Lifelong Learning o aprendizado é para prosperar e ser uma pessoa melhor. Logo, várias formas de conhecimento e estudo entram nesta conta.
Por exemplo: aprender a cultivar uma horta, usar um novo aplicativo, estudar geopolÃtica…
É ter a mente aberta para tudo que possa contribuir para o seu cotidiano, mesmo que isso não lhe renda nenhum ganho financeiro.
Conforme a Lifelong Learning Council Queensland (LLCQ) o Lifelong Learning é baseado em 4 pilares:
1. Aprender a conhecer
Para que o aprendizado se torne um hábito e a pessoa retenha o conhecimento ela precisa de um estÃmulo. Um deles é o prazer.
Por exemplo: um livro de fantasia de 300 páginas costuma ser bem mais divertido de ler do que uma tese de doutorado de 200 páginas. Também é muito mais fácil decorar uma canção do que um discurso.
Outra técnica para adquirir conhecimento de forma questionadora. Afinal é mais simples lembrar algo quando tentamos encontrar uma resposta.
Basta pensar nas dúvidas que temos no cotidiano, como: por que o céu é azul?
Quem buscar a resposta certamente terá mais chances de decorá-la do que se apenas lê-la no texto.
Mais uma forma de aprender a conhecer é desenvolvendo o senso crÃtico.
É comum encontrarmos situações das quais não concordamos e pensarmos: será que realmente precisa ser assim?
Esta dúvida também é um ótimo estÃmulo para o aprendizado.
2. Aprender a fazer
Segundo a metodologia de aprendizagem 70:20:10 desenvolvida pelos professores Morgan McCall, Robert Eichinger e Michael Lombardo do Center for Creative Leadership, na Carolina do Norte (EUA) em 1990, um profissional aprende da seguinte forma:
- 70%: das experiências práticas (vivência do dia-a-dia)
- 20%: interações com os outros (observações e trocas)
- 10%: educação formal (cursos e palestras)
Ou seja, como dizia Aristóteles: “é fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazerâ€.
Então, para que o aprendizado se torne um hábito também é preciso exercitá-lo.
Por isso, este pilar do Lifelong Learning coloca à prova o desenvolvimento das habilidades cognitivas como: memória, atenção e percepção.
Já que se a pessoa tem estas capacidades poderá colher os frutos do aprendizado, realizando escolhas difÃceis, solucionando problemas ou se adaptando em momentos de adversidade.
3. Aprender a conviver
Saber se relacionar com o outro é uma peça fundamental para o aprendizado, pois a interação com os demais nos faz crescer como indivÃduos.
É a partir desta troca que desenvolvemos habilidades como trabalho em equipe e inteligência emocional.
Mas, para que o convÃvio traga bons resultados é importante criar um ambiente colaborativo, onde as diferenças são respeitadas. E estes resultados só são possÃveis com a empatia.
Pois, a empatia além de contribuir para a tolerância e a cooperação, também estimula o autoconhecimento. Afinal, é mais fácil sermos tocados pelo sofrimento do outro quando já sentimos as mesmas emoções.
Outro aspecto deste pilar do Lifelong Learning é que: “ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.†(Blaise Pascal).
Logo, toda a interação entre os seres humanos é uma forma de aprendizado.
4. Aprender a ser
Logo, é importante estimular a independência das pessoas, para elas enxergarem o seu potencial e descobrirem a melhor forma de desenvolvê-lo.
Também é preciso estar aberto à diversidade e não se limitar pelos modelos já pré-estabelecidos, pois só assim é possÃvel inovar.
Uma estratégia para aprimorar este pilar é se permitir vivenciar diferentes tipos de experiência, desenvolvendo o autoconhecimento e descobrindo os seus talentos.
Por que ser um Lifelong Learner?
Lifelong Learner é o nome dado a pessoa que escolheu praticar o Lifelong Learning como um estilo de vida.
Seguem 3 vantagens desta decisão.
Aumentar a saúde
Como diz o ditado: “mente sã, corpo sãoâ€.
Estudos comprovam que aprender um novo idioma retarda o surgimento do Alzheimer em até cinco anos. Ou seja, o aprendizado contÃnuo te mantém saudável por mais tempo.
Crescimento profissional
Que empresa não quer um profissional atualizado e disposto a aprender?
Ao praticar este modo de vida é bem provável que você tenha mais ganhos financeiros e cargos melhores.
DomÃnio de novas tecnologias
Como colocamos lá no começo do texto, o Lifelong Learning recebeu destaque pelas mudanças constantes impulsionadas pela tecnologia.
Logo, o desejo de aprender mais sobre elas é a peça chave para prosperar neste novo cenário.
Então, já pratica o Lifelong Learning?
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