Como desenvolver as soft skills no intercâmbio

Quando falamos sobre destaque no mercado de trabalho, uma das primeiras coisas em que pensamos são as habilidades técnicas. Boa formação acadêmica, cursos, e outros conhecimentos que podem ser mensurados são capazes de enriquecer o currículo. Existe um termo que nomeia este tipo de capacidade. Elas são chamadas de hard skills.

Contudo, conforme as demandas evoluem e a competitividade aumenta, um outro tipo de aptidão torna-se tão importante quanto as técnicas. Estamos falando das soft skills. Ao contrário do outro grupo, este é aquele que está ligado ao comportamento e a interpessoalidade. Ou seja, são as aptidões que não podem ser medidas através de uma prova, por exemplo.

Para os recrutadores, elas são preciosas. Afinal, em uma empresa, é fundamental dominar a função que você desempenha. Porém, é igualmente desejado que o colaborador tenha aspectos pessoais que ajudem no bom funcionamento do dia a dia e das relações profissionais.

Agora você pode estar pensando: mas se as soft skills são intangíveis, então como posso consegui-las? Tem como ou precisamos nascer com elas?

A resposta é que existem sim meios que ajudam demais a desenvolvê-las. Como o intercâmbio! Quer descobrir como ele melhora várias competências poderosas voltadas para habilidades comportamentais? Confira!

Quais são as competências dos profissionais do futuro?

Antes de tudo, é interessante entender quais são as principais soft skills. O Fórum Econômico Mundial é responsável por mapear anualmente as competências que serão mais exigidas pelo mercado de trabalho no futuro.

Segundo o estudo, 10 capacidades tendem a ser cada vez mais valorizadas até o ano de 2025. São elas: resolução de problemas complexos; pensamento crítico; criatividade; gestão de pessoas; trabalho em equipe; inteligência emocional; julgamento e tomada de decisão; orientação para serviço; negociação; e flexibilidade cognitiva.

Como desenvolver as soft skills durante o intercâmbio?

Mergulhar no universo do intercâmbio já é um passo valioso para grandes conquistas. Dominar uma língua estrangeira e garantir uma certificação internacional são alguns diferenciais que proporciona e que promovem um salto na carreira.

Para completar, a experiência é também uma fonte inesgotável de possibilidades para fortalecer competências comportamentais. Independentemente do tipo de intercâmbio, uma vez nele, todo dia é possível se deparar com situações estimulantes para o crescimento pessoal.

Veja a seguir como a rotina do intercambista vai de encontro a cada uma das competências do futuro:

Resolução de problemas complexos

Durante a vida profissional, não é incomum nos depararmos com situações que exigem de nós a capacidade de solucionar problemas, dos mais simples aos mais complexos. Para passar por eles, são necessárias boas doses de conhecimento, mente aberta e perspicácia.

A melhor forma de exercitar este fator é não tendo medo de se desafiar, conhecendo e encarando situações novas. E como falar de situações novas sem lembrar do intercâmbio? Pisar em um país desconhecido, em uma cidade diferente, lidar com os trajetos, com o idioma… Todos os “pequenos” avanços são enormes na construção de uma personalidade mais aberta aos desafios.

Pensamento crítico

O pensamento crítico tem a ver com “pensar fora da caixa”. Um olhar cuidadoso e livre de rótulos, gera um pensamento questionador, que vai além daquelas certezas aparentes. No trabalho, isso é necessário para identificar problemas, separar informações úteis e não úteis, melhorar o relacionamento com outras pessoas.

Fazendo intercâmbio, o estudante adentra uma cultura distinta da sua. O acesso a este novo cenário vai desconstruindo ideias prontas que tinha, mostrando nuances muito mais profundas. Tudo a ver com a criticidade, né?

Criatividade

Muito se diz sobre a questão da automação no futuro do mercado de trabalho. Apesar disso, uma coisa é certa: a criatividade ainda é uma habilidade insubstituível. O ato de apresentar ideias novas, criar, fazer conexões entre assuntos em busca de gerar outros pontos de vista são traços incríveis em qualquer área.

Encorajar a curiosidade e ampliar as oportunidades de inspiração são elementos que incitam o lado criativo. No intercâmbio, o mero contato com um ambiente longe do que é familiar abre portas neste quesito.

Gestão de pessoas

É difícil falar sobre gestão de pessoas sem fazer uma associação com cargos de liderança. Manter um bom diálogo com a equipe de trabalho, resolver possíveis conflitos e fazer com que os seus colaboradores se sintam motivados fazem parte dessa competência.

E até mesmo nesse sentido o intercâmbio é um grande aliado. Relações interpessoais são uma realidade na prática, seja estudando em uma sala de aula internacional ou trabalhando em outro país. E quanto mais contato com pessoas diferentes entre si, melhor a forma de lidar com elas.

Trabalho em equipe

Assim como o item anterior, o trabalho em equipe está diretamente associado a pessoas. Dialogar, saber ouvir e propor ideias, estar aberto a ensinar e aprender: a troca é crucial em qualquer ambiente.

E da mesma forma que ela faz parte de todo e qualquer núcleo de trabalho, também está inserida o tempo inteiro no intercâmbio. Está presente nas atividades em grupo, no intercâmbio de estudo; na relação com os colegas e supervisores, no intercâmbio a trabalho; no contato com o meio social, no voluntariado.

Inteligência emocional

Um estudo recente promovido pelo PageGroup mostrou que a inteligência emocional é a soft skill mais valorizada no Brasil atualmente. Trabalhar o autoconhecimento e saber lidar com suas próprias emoções influencia muito no campo profissional, ajudando nas relações e tomada de decisões.

Durante um intercâmbio, o ato de administrar as emoções surge antes mesmo do embarque para o destino. Ele está presente desde a preparação, no momento de se organizar. Lá, lidar com diferenças e com a distância dos familiares também estimula o desenvolvimento.

Julgamento e tomada de decisões

Avaliar e tomar decisões é outra habilidade presente em qualquer tipo de trabalho, independente da atuação. Todos os dias é preciso fazer escolhas, pequenas ou grandes, que influenciam no resultado final da tarefa.

Para que decisões sejam tomadas com mais facilidade, a confiança é um elemento crucial. E um intercambista, mesmo sem nem perceber, está sempre em contato com ela. Cada decisão, da escolha do país onde estudar até a melhor forma de deslocamento até a universidade, dependem dele. Isso é maravilhoso para estimular a responsabilidade e autoconfiança.

Orientação para serviço

Orientação para serviço é ouvir o outro e enxergar suas necessidades. É uma habilidade importante em todos os âmbitos da vida e no profissional não é diferente. Por exemplo: você lida diretamente com os clientes de uma empresa. Tem, então, que entender a fundo o que desejam e precisam para conseguir entregar um bom projeto.

Cada situação que envolve comunicação já é uma poderosa ferramenta para desenvolver essa soft skill no intercâmbio. Mas quando falamos de intercâmbio para voluntariado, ela fica ainda mais forte. Prestar um serviço social é estar frente a frente com esse sentido de escuta, de ajuda.

Negociação

Mais uma competência que tem foco nas relações sociais. Negociar significa atingir resultados que sejam positivos para duas ou mais partes. A negociação sempre envolve você e o outro. Seja para fechar um contrato ou combinar horários, está o tempo inteiro inserida na realidade profissional.

Uma tarefa em grupo, na sala de aula, ou um típico dia de expediente no intercâmbio que inclui trabalho: em ambas as situações o estudante está praticando a capacidade de negociação de modo natural.

Flexibilidade cognitiva

A flexibilidade cognitiva tem muita proximidade com a ideia de adaptação. É a maneira como nossa mente vai se adequando a novas situações a medida em que elas surgem, criando soluções quase que instantaneamente. Na prática, essa ação é automática, muitas vezes a gente nem se dá conta de que nosso cérebro está agindo neste sentido.

E se a palavra de ordem é adaptação, como não ligá-la ao intercâmbio? O encontro de novidades e situações que ele oferece é perfeito para treinar toda essa flexibilidade.

Desenvolver as soft skills no intercâmbio é algo que acontece diariamente enquanto o intercambista vive sua experiência. Quando nota, já adquiriu um crescimento pessoal incrível. Se tem vontade de investir nesta vivência, aproveite mais essa ótima razão e vá em frente. Uma ótima viagem para você e sucesso!

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